quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Mayra Guerra



Thony


Gente, aí segue a minha históriaNo início do Ano de 2008 eu estava muito deprimida, desanimada da vida mesmo. Apesar dos meus esforços e do meu marido, eu não conseguia me animar com nada. Não conseguia me animar a estudar para concursos, e a cada dia ficava mais deprimida. Em Abril, meu pai me convidou para ir a um centro de vida saudável para me cuidar um pouco. Acabei aceitando. Passei 2 semanas nesse lugar, que mudou minha vida. Pensei, refleti, me apeguei a Deus e me aproximei dEle. Quando voltei, meu marido estava empenhado numa jornada espiritual, e eu me juntei a ele. Numa das madrugadas eu resolvi me "CONFRONTAR" coM Deus. Pedi a ele que me guiasse, e me desse uma luz do que fazer da minha vida, pois eu estava muito confusa. Sempre quis muito ser mãe, mas nunca pensava que a hora havia chegado. E me perguntava se eu estaria preparada para isso. Uns dias depois conversei com meu marido decidimos que estava na hora de aumentar a família, e que começaríamos a tentar. No mesmo dia, meu marido olhou pra mim e disse: Você tá grávida. Lembro que deu uma gargalhada e disse que ele estava doido. Dias depois comecei a sentir estranha, mas achava que era a minha menstruação que estava para vir. Resolvi procurar na internet sobre sintomas de gravidez. Eu já havia feito isso e havia caído no site e-family, mas não dei muito crédito. Dessa vez, caiu novamente nesse site, e resolvi espionar. Olhei, olhei, e pensei que se eu realmente estivesse grávida que eu iria me cadastrar. Fui acompanhar minha mãe após uma cirurgia no hospital e passei uma das piores noites da minha vida. Meus seios doiam tato que eu não conseguia dormir. Toda posição me incomodava. Minha mãe me mandou fazer o teste que eu desencanaria e desceria a dita. Nisso meu marido continuava repetindo que eu estava grávida. No dia que peguei o pedido pra fazer o beta, sem que meu marido soubesse, eu me inscrevi no e-family. Vi que várias postavam a espera do resultado e recebiam respostas calorosas e de força. Resolvi fazer o mesmo, e fui muitíssimo bem recebi. Me lembro até hoje da torcida pelo positivo de muitas e das boas vindas de outras. Fiz o teste e relaxei. No meio da tarde, me lembrei que tinha que pegar o resultado, e entrei no site do laboratório. Foi o momento mais engraçado e estranho da minha vida. Fiquei com receio de abrir e dar negativo, mas tinha medo do positivo também. Lembro que fiquei cerca de 10 minutos tentanto entender o resultado do exame. Isso porque o meu beta era quantitativo e veio apenas um número, 137. E logo abaixo a referência: apartir de 5.0 era positivo. Quando entendi, sorri, chorei, pulei. Fiquei olhando pra minha barriga imaginando que ali já tinha uma sementinha, já estava ali meu filho. MEU FILHO! Nunca senti nada como aquela emoção. Agora era contar pro marido. Chamei minha mãe, contei e fomos ao shopping comprar um sapatinho pra entregar ao papai pra contar a novidade. Esperei até o fim do espediente dele e contei pra ele. Ele ficou tão feliz que saiu contando pra todo mundo, contando pra cada um que ele encontrava no caminho. Foi emocionante ver a cara de alegria dele, o choro de felicidade dele. Ficamos loucos. Quando cheguei em casa, tive que entrar no site pra contar para aquelas que havia me dado tanta força. Foi uma alegria geral. Muitas me alegraram ainda mais, como amigas mesmo, por meu pequeno presente. A gravidez foi correndo bem. Lembro-me que como a minha previsão de parto era para fevereiro tentei encontrar um lugar onde eu me encaixasse, mas ainda não havia um cantinho pras mamães de mesma data. Entrei nas mamães de Janeiro, mas não me encaixei bem. Um dia entrei e estava lá: Mamães de Fevereiro! Fiquei muito feliz pois tinha um cantinho onde eu me encaixava agora. Fui fazendo muitas amizades, e a cada dia parecia que eu já conhecia aquelas barriguinhas há anos! Peguei carinho e respeito por cada uma delas. Sentia falta de cada uma no dia que não tinha contato por qualquer motivo. Me preocupava com elas. Nunca imaginei que pudesse ter amigas virtuais tão reais! Cheguei a me encontrar com duas delas e falara com outras pelo telefone. Foi tudo muito emocionante! Quando cheguei ao sétimo mês, já me preparava para o parto normal, pra ter um bebê gorduxo e fofinho comigo. Então, num exame de rotina, chamado ecodoppler, foi constatado que eu tinha um problema nas artérias uterinas e por isso a placenta poderia não estar passando a quantidade de sangue e nutrientes necessários para o bebê. Isso signifiocava que eu poderia ter pré-eclampsia, o bebê poderia não se desenvolver e entrar em sofrimento, e um risco de parto prematuro. Fiquei muito triste, muito abalada. Chorei muito e encontrei muito colo e carinho no cantinho das mamães de fevereiro de 2009. A cada dia, a cada ultrasson elas pediam a Deus por mim e pelo meu bebê. A cada dia me davam força e aconchego de que tudo ia dar certo e que apesar de tudo meu pequeno viria bem. Um dia, fui ao Obstetra numa das consultas de rotina, e ele me disse que não conseguia sentir os movimentos do bebê, mas que ele podria apenas estar dormindo. Me aconselhou a fazer um US, e lá fui eu. Quando estava fazendo o exame, fui informada de que meu bebê estava em sofrimento. Foi um momento de pânico, mas no mesmo dia foi descartada essa possibilidade. No entanto, ele não estava crecendo. Não havia engordado nada entre um exame e outro e meu obstetra me avisou que faríamos um exame na semana seguinte e de acordo com o exame meu pequeno nasceria. Mais uma vez meu apoio, além do meu marido maravilhoso que me dava muita força, foram as minhas meninas do fórum. Cada uma tinha sua palavra amiga, sua preocupação conosco. No dia do exame, todas queria saber o que tinha dado e quando contei que meu Anthony nasceria na quinta-feira, todas ficaram em alvoroço. Mas ainda era em JANEIRO! Ainda assim, nunca me deixaria de me considerar uma "mamãe de fevereiro". Vários bebês nasceram nas mesma época, por vários motivos, mas ainda assim, somos de coração, mamães de fevereiro. No dia em que meu filho nasceu, mandamos notícias para nossas amigas do fórum, que ficaram muito felizes e festejaram conosco o nascimento do nosso anjinho. Foi uma delícia, era como se elas sempre tivessem feito parte de minha vida. Meu filhinho veio ao mundo com apenas 2040kg. Fiquei com muito medo de perdê-lo e de cuidar dele pois era muito pequeno e chegou em casa com apenas 1.880kg. Mas Deus, meu marido e as minhas amigas, minhas meninas do fórum, me apararam e deram forças pra cuidar desse anjinho, e hoje ele é um garotão forte, saudável. Nesses meses tivemos perdas irreparáveis. Perdemos amigas, perdemos bebês. Foram momentos muito tristes, mas apesar deles e por causa deles, nos fortalecemos e acredito que agora cada uma de nós ama a outra mesmo sem nunca termos nos visto, pois nossas experiências, mesmo que pareça que talvez compartilhemos momentos simples apenas, nos unem a cada dia mais. Hoje estamos com nossos pequenos nos braços, e nossas amigas virtuais no coração. Acredito que nossos caminhos foram cruzados por Deus, para que pudessemos ter esse apoio, esse amparo que só a gente quando está gravida sabe que precisa. Sempre nos ajudamos e incentivamos e seremos para sempre mamães de fevereiro de 2009. Adoro vocês meninas, de coração e alma.

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